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Todos querem ser Artistas e Doutores

 

Sabem, porventura, quantos jovens aderiram ao “casting” para actores da série “Morangos com açúcar”? Não? Cerca de trinta mil! Vieram de todo o lado, utilizando os mais variados meios de transporte, para chegarem ao local, onde os sonhos formam a escadaria para o céu. Ou seja, ser famoso! Ser artista, ser “vip”, ser aplaudido e conhecido. Nada mais importante na vida. E as aulas? Aulas? Que valor têm as aulas, quando comparadas com ilusões?

Ponderado o caso, acho que na verdade as aulas não interessam nada. Que importa a escola? Não é um dia que marcará diferença nestes estudantes, já que ir ou não ir as aulas resulta no mesmo: não aprendem mais nem menos. E um ano nos “Morangos” rende muitíssimo mais do que 5 anos na escola. Porque um lugar na série corresponde à porta aberta para os doces campos da felicidade sem fim. “O que é doce nunca amargou” – lá diz o ditado.

Entretanto, a falta de canalizadores, mecânicos autos, electricistas, técnicos de fotografia, de electrodomésticos, incluindo televisões e computadores, bem como pintores ou estucadores, pedreiros ou ladrilhadores, faz-se sentir cada vez mais. Não os há, e os que existem, chegam a ganhar mais do que um médico ou um advogado! Em Portugal, todos querem ser doutores, dançarinos, artistas e cantores. Mas por que razão, os jovens e não só (desempregados), não se viram para os cursos técnico-profissionais? Porque não se vê aí a saída para a crise de empregos? Porque razão, não incentivar, ou não investir nesses cursos de formação técnica? É que os doutores, não têm conhecimentos, nem disposição, nem tempo para repararem esquentadores.

Resultado: vêem-se em “palpos de aranha” para conseguirem tomar banho. Depois há aqueles que, não sendo doutores, mas são artistas (gente famosa, Vip’s), procedem como se fossem. Resultado: também não arranjam o televisor e muito menos o computador. Finalmente há os que, não sendo doutores, e não procedendo como se o fossem, não conseguem igualmente consertar a máquina de lavar. Resultado: têm de recorrer a um técnico. E o recurso a um técnico, requer dinheiro. Bastante dinheiro. O técnico pede o que quiser, “tem a faca e o queijo na mão”, pois sabe que o prejudicado com a avaria do material fica ainda mais prejudicado se o não mandar reparar. Problema com que o prejudicado não se confrontaria, se tivesse seguido um curso técnico.

Pensem nisso!

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